Rallyspirit deste ano foi uma autentica diversão. Podem ler no final a crónica do meu amigo "tio" Cirne e verem que ralis por vezes não é só competir...
A prova também não nos correu desportivamente como desejávamos pois um sensor da cambota se lembrou de não colaborar connosco
Deixo-vos uma excelente crónica do rali do meu amigo e colega "tio" Cirne
Partíamos para o Rali Spirit com a esperança de mais uma posição no lugar
mais alto do pódio.
Tínhamos apenas o Mitsubishi campeão de outros ralis com a equipa perfeita
a bordo.
A Equipa dos dinossauros não estava presente devido ao grave acidente de
ano passado, em que apenas o Ford continua hospitalizado nas mãos do Doutor
Carlos que não consegue ter tempo para lhe pôr as mãos. Com o nosso piloto
Veterano preparado para um evento em qualquer disciplina do desporto automóvel
já se falava numa ida ao Paris Dakar no bem preparado camião Mercedes do Miguel
Barbosa e acompanhado pelo Migas, o terror do deserto, que quando fosse a sua
vez de passar para o volante diria um “ AUREVOIR “ a todas as outras equipas no
caminho para a vitória “ ME OUI AN “.
Na carrinha de assistência seguiam cinco elementos, um piloto, um mecânico
um bate chapas um engenheiro e um diretor. Apesar de só levarmos um carro,
tínhamos uma bruxa à nossa espera num belo local à beira rio, um Mitsubishi
branco com salpicos de laranja do conhecido Pedro Leal,
Uma falha no motor e uma bobine com um abcesso, fez com que o rosto do
nosso mecânico explodisse de alegria dizendo com um sorriso nos lábios é da
bobine tenho ali mais duas, o que se comprovou serem poucas pois o vírus
continuava saltando de uma bobine para outra criando um inchaço e um mau
hálito, o nosso engenheiro acusava a centralina de provocar este mau estado ao
motor. Os amigos do piloto que tudo sabiam mas não arranjavam solução para a
doença. O preparador do carro foi despedido dando lugar a novo técnico, nova
centralina do Domingos em dia de sexta feira e o milagre acontecia, está como
novo, mas após uns quilómetros deixava de trabalhar, diz o Carlos é do captor.
Enfim já não tenho capacidade para descrever o resto das avarias.
A qualidade dos carros presentes era tanta que nos transportava num
regresso ao passado.
Na Wintech tudo corria como habitual, calmo e sereno, as refeições eram de
excelente qualidade e a companhia à mesa superava as expectativas e á noite
devido às elevadas temperaturas íamos todos andar de lambreta para nos
refrescarmos.
O habitual Hotel situado bem perto do enorme parque de assistência servia
para descansar o corpo .
A prova teve inicio na quinta feira, tendo logo um vencedor nos dois
primeiros troços, a equipa do nosso Mitsubishi. Os nossos sorrisos eram de
orelha a orelha. O engenheiro só queria ir ver os troços, a minha resposta foi,
não porque de noite só se vê faróis.
O nosso piloto estava satisfeito com o primeiro lugar e por volta da meia
noite fomos andar de lambreta, porque a noite tinha uma temperatura muito
agradável e aproveitámos para nos refrescar.
Na sexta, a etapa começou e a alegria mantinha-se. Vamos embora ver uns
troços, e a máquina passava com as rodas no ar para não gastar os pneus, por prevenção
pois o Valter já tinha avisado para o desgaste da borracha, e o nosso Carlos
respondia com um sorriso nos lábios, tomara um pobre ter uns pneus desta
categoria. Mas a tarde seria madrasta e o motor calou-se dentro do troço por
falta de informação do sensor da cambota ( antigo platinado ) venham ter
conosco para mudarmos o sensor. Enquanto o sábio mecânico dava ordens ao
engenheiro a operação corria com sucesso, alguém perguntou temos a peça para
substituição, HAAAAA e a peça não estava presente, na bem equipada carrinha da
RALIARTT. Depois de tudo desmontado em plena serra( qual assistência de
antigamente nos finais dos troços ) A quem podemos pedir a coisa ( não era a
mão )Será que o Peres tem? Efetivamente a peça existia mas estava um bocado deslocada,
não te preocupes que vou aí levar. E assim com a boa vontade dos nortenhos ela
apareceu, não de helicóptero como é usual nos tempos correntes. Tudo montado e o
carro voltava a trabalhar, voltando para o seu lugar no parque de assistência
para poder ponderar sobre o dia seguinte.
Vamos jantar e andar de lambreta, negócio fechado! Um jantar muito
agradável na companhia das novas energias renováveis que acabaram por nos
proporcionar uma suave brisa enquanto nos refrescávamos nas lambretas
No sábado, dizia o Valter, vamos fazer todos os troços e para ganhar tudo,
não te esqueças disso! Imediatamente o piloto levantou as antenas e tudo corria
pelo melhor, até que o pneu da frente direita não aguentava o tratamento suave
nas rotundas que fazia o público gritar e lançar foguetes à passagem do
DIABOLIQUE picado pelo seu navegador. No final do rali fomos para as motas,
mais uma vez sem capacete fazendo jus ao bom tempo e ao lado de um aglomerado
das mais belas máquinas dos melhores anos dos ralis a nível mundial.
Foi óptimo e apenas a falta do lugar mais alto do pódio nos tirou o prazer
de felicitar condignamente quem merece.
Obrigado à equipa de pilotos extensivo ao nosso engenheiro pela agradável
companhia.
Parabens Wintech
Sem comentários:
Enviar um comentário